18/06/2009

Carta de um Anônimo para uma Anônima

Depois de tantas marés altas e baixas, o nome escrito na areia apareceu de novo. Depois de tantas tempestades e tantos trovões... veio o cheiro da terra. Depois de tantas palavras jogadas ao vento, lançadas no rio... a saudade veio e te trouxe de volta pra cá. Com tanta confusão, tanto barulho lá fora, tanta coisa a fazer, ainda penso em você e penso nas vidas que temos que escolher.
Agora essa chuva me dá vontade de andar de novo nas tuas pegadas, nas tuas marcas na areia. Me dá vontade de roubar teu beijo, matar tua sede, afogar-me em ti e me fazer uma história louca e absurda que um dia você pode contar. Agora isso me dá vontade de ser teu como eu sempre quis ser.
Me puxa de volta pro teu mundo, pra tua lagoa, pro teu mar revolto... no teu porto não quero atracar, mas no teu mar quero navegar.

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