11/12/2009

Sem saídas, sem volta.

Ontem pensei tanto em você que pensei que estava na sua rua,
Andando a toa, chutando latas, falando sozinho,
Até que sentei na frente de um poste, de luz amarela que apagava as vezes.
Uma pessoa ou outra passava, um trem que quebrava o silêncio,
Até que você surgiu... eu estava sentado na frente da tua casa,
E no seu colo, pus minha cabeça a repousar, a contar meu dia, ouvir o seu,
O tempo passava tão devagar que pensei estar parado no tempo,
Desafiando o destino ou querendo mudá-lo de uma hora para outra.

E sorríamos das nossas besteiras, dos nossos planos,
Como se a gente tivesse nos inserido no futuro do outro.
Nos admiramos dos sonhos que já tivemos,
E tudo isso a noite a luz de um poste.

Enquanto o mundo todo passa lá fora,
Carros buzinando, teu portão que fechou sozinho,
Teu cachorro que aparece mas depois corre com medo de mim...
Tudo tão normal, e nós indiferentes a isso,
Como se o nosso tempo fosse diferente, minutos de 240 segundos...
Queria que o tempo realmente parasse...

... com você, eu queria que meu tempo parasse.

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