Deixei meu vício de escrever,
Não mais desprendo versos na frente do computador,
Não fico mais digitando palavras sem sentido.
Hoje, minhas palavras deixaram de ser sem sentido,
Não escrevo mais por escrever,
Não fico mais inventando coisas, imaginando cenários,
Querendo que tudo isso me resulte num bom texto,
Numa boa poesia, que faça até emocionar algum leitor carente.
Deixei de escrever,
Não rabisco mais as últimas folhas do meu caderno,
Não enfeito de palavras minha agenda, na parte de anotações,
Não faço mais cartas sem destinatário ou sem remetente.
De todas as palavras que escrevi,
De todos os versos que recitei ou criei,
Prefiro vivê-los.
Está mais do que na hora de sentir o que eu escrevo,
E venho sentindo a cada dia que passa, só que mais intenso,
De uma forma que o pensamento não seja mais em textos,
E sim, no que me inspira a escrevê-los.
É hora de viver, não de criar.
É hora de amar, não de inventar.
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